A pintura eletrostática é um processo que usa um campo magnético para aderir uma tinta à superfície de metais ou plásticos. Esta tinta, no caso da Anodizadora Catarinense, está no formato de pó e a superfície é de alumínio. O alumínio é carregado positivamente, enquanto que a tinta possui cargas elétricas negativas. Esta oposição de cargas gera atração entre as partes. Após a adesão da tinta à superfície do alumínio, este é submetido ao processo de “cura”, realizada através do aquecimento das peças pintadas em um forno. A tinta aderida, derretida e curada, cobre perfeitamente, toda a superfície do metal, criando um filme resistente e durável em relação à pintura com tinta líquida.
Como não existe solvente envolvido neste tipo de pintura, a cobertura da tinta a pó é mais espessa que a tinta convencional e tanto faz se as peças foram cortadas horizontalmente quando verticalmente que a cobertura é igualmente eficaz. Além disto, a ausência de solvente faz com que o processo de pintura eletrostática a pó emita menos Compostos Orgânicos Voláteis (Volatile Organic Compounds, em inglês), reduzindo o impacto sobre a saúde dos trabalhadores e sobre o meio ambiente. Podemos dizer que isso é uma das grandes vantagens da pintura eletrostática a pó.
A Anodizadora Catarinense utiliza uma tinta em pó termo sensível, a qual incorpora em sua composição um ligante cruzado para criar uma polimerização entre as resinas de poliéster no processo de aquecimento e cura no forno. A depender das peças dos clientes, utiliza-se uma tinta para aplicação em interiores ou tinta com composição para ambientes externos (mais agressivos) para portas, portões, calhas e janelas, por exemplo. Isso é possível porque a tinta utilizada resiste à corrosão e aos raios ultravioletas (raios UV).
Entretanto, para atingir a alta proteção prevista para a pintura eletrostática a pó, alguns processos prévios e posteriores à aplicação da tinta devem ser realizados. Os principais processos realizados pela Anodizadora Catarinense quando executa o serviço de pintura eletrostática a pó para seus clientes são:
- Limpeza: Limpeza das peças para remoção de óleos, gorduras, poeira, óxidos e incrustações de solda;
- Pré-tratamento: Aplicação de solução de fosfatos via submersão (fosfatização) ou spray para melhorar a adesão da tinta;
- Aplicação da tinta propriamente dita: Realizada através de pistolas de pintura especialmente desenhadas para aplicar carga elétrica negativa na tinta e facilitar o processo de adesão da mesma à superfície. É importante lembrar que o alumínio está aterrado no momento da aplicação da tinta com carga elétrica negativa. A Figura 1 mostra uma ilustração da aplicação da tinta.
- Processo de aquecimento e cura: Uma vez recebida a tinta, as peças dos clientes vão para um forno para derretimento da mesma e formação de um filme uniforme (retículos). A temperatura e o tempo de aquecimento são variáveis determinantes para a reação de polimerização cruzada ocorrer na tinta, de modo a formar o melhor e mais resistente filme possível;
- Resfriamento: Após a saída do forno, as peças são resfriadas ao ar livre;
- Embalagem e Expedição: O material acabado é embalado e organizado para transporte de acordo com as especificações dos clientes.
Figura 1. Aplicação da tinta via pistola com o eletrodo de alta tensão.
Veja o esquema da Figura 2 para ter uma noção do fluxo do processo como um todo:
Figura 2: Processos realizados pela Anodizadora Catarinense durante o serviço de pintura eletrostática a pó.
A tinta utilizada pela Anodizadora Catarinense é a base de resina poliéster e possui excelentes propriedades mecânicas e alta resistência ao amarelamento durante a cura. No processo de cura há a fusão e a interligação das inúmeras fibras de polímero umas às outras pelo agente de cura, formando um retículo responsável pelos benefícios do revestimento polimérico. Veja na Figura 3 um esquema de como ficam unidas as fibras de polímero depois do processo de cura.
Figura 3: Esquema da união das diferentes fibras de polímero da tinta após o processo de cura.